El blog de los 3 amigos

terça-feira, maio 30, 2006

É hora de acionar os superbobes, o hipermega salto, aquele maxilongo e encarar o palco do Centro Cultural Sesc-Severiano Ribeiro para a maratona do Cine Ceará. E agora que o festival é ibero-americano, estou arrependidíssima de não ter investido no meu espanhol :(
Bueno, hasta la vista, amigos!
Se der, em meio ao trabalho, farei fotinhas.


domingo, maio 28, 2006

Corujando


sábado, maio 27, 2006

A de amigo

"As amizades da noite duram até o dia amanhecer"
(Danusa Leão, no livro Quase Tudo)


sexta-feira, maio 26, 2006

AulWiedersehen

Enquanto nós, mortais, nos preparamos para torcer pela seleção, a superhipermega-jornalista Clara Quintela embarca para a Alemanha. E este blog revela o que tem na bolsa vermelha da moça cuja missão é cobrir a copa via internet.


quinta-feira, maio 25, 2006

Quem não se comunica...

Se é verdade que a cada segundo surge um blog novo, é também certo que poucos farão parte do meu cotidiano. E, embora não haja fronteiras na blogosfera, tenho que admitir: na lista dos mais acessados a maioria é de gente próxima, seja do coração ou das idéias.

E tem novidades no ar. O Emílio Moreno, estudante de jornalismo da FIC, Faculdade Integrada do Ceará, lançou o Liberdade Digital. A idéia dele é dividir com uma moçada o conteúdo do blog. Foi lá que descobri o Blog do Roberto Maciel. Na estréia ele escreveu:

"Desembarco nesse blog meio mané - ou um tanto ?zé migué?, como uma vez me rotulou um colunista político remunerado por mãos nada católicas. E nessa mania que a gente tem de entender de tudo sem entender de quase nada, vou tentar, aos trancos, barrancos e solavancos, escrever sobre um pouco de tudo. Ou de nada. Depende."

Mas é claro que a política é que vai dar o tom da prosa. Clique e diga se não tenho razão.


quarta-feira, maio 24, 2006

Rir é o melhor remédio

O Mário Aragão, do Escritório Virtual, enviou, e eu divido com você, uma lista de prováveis manchetes sobre a história da Chapeuzinho Vermelho.

Jornal Nacional
(Willian Bonner): "Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo..."
(Fátima Bernardes): "...mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia".

Fantástico
(Glória Maria): "...que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"

Brasil Urgente
(Datena): "...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades?! Segurança!!! Cadê a polícia? A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! Isso é uma piada!! Esses políticos são uns brincalhões!! Ela foi devorada viva... Acorda autoridade! Um lobo, um lobo safado. Isso é um tapa na cara da sociedade brasileira. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não."

Veja
Chapeuzinho exclusivo: "Acho que não foi tão perigoso assim"
Relatório revela: Abin investigou ligações do lobo com o PT e as Farc

Nova
Dez maneiras de levar um lobo à loucura

O Estado De S. Paulo
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT

Caras - (Ensaio fotográfico com Chapéuzinho na semana seguinte)
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa"

Playboy - (Ensaio fotográfico no mês seguinte)
Confira o que só o lobo viu e comeu

G Magazine - (Ensaio fotográfico com lenhador)
Lenhador mostra o cabo do machado


domingo, maio 21, 2006

Eu amo o Cariri



Ir ao Cariri é um presente, mesmo quando vou a trabalho. Botar a cabeça para fora do carro e sentir o cheiro do canavial me traz a sensação de primeira vez. E o céu? Ah, esse céu, de azul tão dramático, não encontro em outro lugar. É claro que esse sentimento tem muito a ver com o fato de ter morado em Barbalha. Aliás, a foto aí do alto é parecida com uma das primeiras imagens que registrei na memória, ainda em 1989, quando lá estive pela primeira vez. Mas não é só a lembrança de ter sido bem acolhida. É mais que isso. O Cariri atrai tanto pela grandiosidade da natureza, que se esparrama em forma de Chapada, como pela pungência da sua gente e suas crenças. Mas o que mais me atrai é a diversidade nas manifestações artísticas: bandas cabaçais, reisados, penitentes, e outras tantas, moldando uma cultura tão peculiar àquela região.

E foi justamente esse o gancho para a viagem do final de semana. Em Juazeiro do Norte, apresentei a solenidade de inauguração do Centro Cultural Banco do Nordeste - Cariri. O cerimonial foi dividido em duas partes: uma mais formal para 200 convidados, no teatro, com direito a concerto dos violonistas Nonato Luís e Henrique Annes. Lindo!



A festa, propriamente dita, aconteceu na praça Padre Cícero. Os Penitentes das Cabeceiras, guerreiras, makulelê, coco, manero pau e reisado como atrações de "terreiro" de um lado. De outro, no palco, a alegria do Coral Conterrâneo, cantoria e repente, uma orquestra de rabecas de emocionar qualquer vivente, o show Calendário (como é bom curtir a versatilidade do Geraldo Júnior!) e a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto. Eles conseguem ser únicos no que fazem.



Quem encerrou a noite foi Antônio Nóbrega. Curioso que mesmo admirando muitíssimo o trabalho dele, desde os tempos do Quinteto Armorial, nunca o tinha visto no palco. Tanto melhor que tenha sido no meio do povo. Imagine que em determinado momento ele desceu do palco e dançou conosco numa roda animadísssima. E não tem Micky Jagger coisa nenhuma que se compare! Infelizmente, não fiz fotinha, mas já havia tietado o moço, que me chamou de Dona Moça, na ida :)

Repare na cara de felicidade da fã. E totalmente despreparada, descabelada, sem um batonzinho sequer! O moço estava vindo de São Paulo, onde havia feito um show. Até que ele estava com uma carinha boa mesmo tendo enfrentado 7 horas de vôo.


Ocean Air é a companhia que faz o trajeto de 45 minutos entre Fortaleza e o Juá. Bem descente a aeronave MK 28, uma nos moldes do Foker 100. E pense no sotaque da voz aveludada que anuncia "Senhoras e senhores vindos de Fortaleza, no vôo tal da Ouchean Érrr..." Ahahaha, muito bacana! Agora pense num saguão apertadinho, quente que nem prece pra Pade Ciço ajuda a passar o calor, num fuxico só. Além do Nóbrega, que também retornou no mesmo vôo, tivemos a companhia de Rosana, a deusa, e Marquinhos Moura. E adivinha quem registrou? Ninguém menos que Tibico Brasil, the best! Ah, e ainda tem uma outra foto com o Ritchie, que estava meio de cara amarrada lá no fundão. Mas em dia de tiete, meu bem, não escapa ninguém. É muito mico!



Um final de semana bem intenso. Trabalho com tesão, reencontro com amigos queridos e tempo para gentes novas no coração.





E viva a câmera do José!


quinta-feira, maio 18, 2006

Errar é umano

Fazer televisão ao vivo é um desafio. Além das falhas técnicas, lidamos com o imprevisível cotidianamente. Certa vez, marcamos uma entrevista com um padre, daqui de Fortaleza, para falarmos sobre batismo e as dificuldades impostas por ele para realizar esse sacramento. Fiz a chamada na saída do bloco, convidei os telespectadores para ligarem no bloco seguinte e coisa e tal. Pois qual não foi a surpresa da produção ao procurar pelo padre na ante-sala do estúdio: o homem havia sumido! E ainda soubemos que os últimos a vê-lo ouviram alguns impropérios do tipo "vou embora dessa porra, não vou dar mais entrevista nenhuma".

Noutra ocasião tive que encerrar uma entrevista às pressas depois de ver a calça do entrevistado pegando fogo devido às fagulhas espalhadas por uma lâmpada que acabara de explodir. Pois é, nem sempre tivemos a tecnologia a nosso favor. Sem contar que o entrevistado era deficiente visual. E é claro que tive o meu dia de matar uma celebridade. Horrível! Final de programa, alguém (o chefe, no caso) entrega uma nota para ser lida. Tô no ar, faço o quê? Leio, ué. E não adianta que nem sob tortura digo quem matei.

Mas, esse preâmbulo todo foi só para dizer que isso pode acontecer com as melhores famílias de Londres, e também nas melhores emissoras de TV de Londres. Ahahaha... Inclua aí a BBC, por favor. Não acredita? Então, leia isso.


"Vê e não enxerga"

"A arrogância, a prepotência, a virulência, a falta de juízo, o excesso de desonestidade social, a brutalidade na forma como a revista Veja tem aniquilado os preceitos do Código de Ética dos Jornalistas pode sair caro para todos os que vivem justamente de combater tais práticas por parte de governos, instituições e mandatários de qualquer espécie. " (Regina Ribeiro, jornalista)

Leia o texto na íntegra aqui


terça-feira, maio 16, 2006

Palavras jogadas ao vento

¬ Nota dez para a atitude da Globo (vide Jornal da Globo) de não pronunciar o nome da facção criminosa que aterrorizou a cidade de São Paulo no final de semana. Tá certa. Também não digo, não dou ibope pra bandido

¬ Difícil manter a tranqüilidade quando em pleno meio dia, no seu roteiro de todo dia, tem um carro que acaba de ser metralhado. Pior quando se está com o filho pequeno e na contramão, fuzis em punho, abrindo passagem vem um cortejo policial

¬ Eu quero ter pensamentos e ações que restabeleçam a paz dentro de mim e que isso me faça acreditar cada vez mais que essa é a única possibilidade de ser feliz

¬ Muito ruim planejar algo e não conseguir executar. Melhor seria deixar rolar. Mas como se o mundo inteiro cabe bem dentro do peito e o pensamento são cirros levados ao vento?

¬ Não dá pra continuar comendo aquele pacote de biscoito recheado de chocolate a cada vez que o clima fica mais tenso quando se está com 5 quilos acima do peso

¬ E esse mesmo vento eu já senti antes. O mesmo céu azul da cor do mar... Deve ser pra combinar com a saudade

[ Escrevi depois ]

Jogar palavras é uma atividade de alto risco quando não se tem um bom dicionário do lado ;)
Obrigada ao amigo leitor Nirton Venâncio, sempre atento aos desli... E agora? É com "s" ou "z"? Troco a palavra? Ahahahaha


Vícios


Ainda é terça e já estou contando os dias pra ver se descolo tempo pra voltar pra máquina de costura. Até comprei alguns tecidos. Bom, não são uma brastemp, mas para experimentar já é um bom começo, né.


domingo, maio 14, 2006

Boletim de ocorrências

Das 17 horas de sexta-feira até 22 horas deste domingo, foram registrados:

  • dois assaltos em frente à casa de uma amiga
  • um assalto em frente à casa dos meus pais
  • o roubo do automóvel de um amigo, da porta de um shopping center
  • um casal de amigos assaltado - eles tiveram o carro parado a tiros
  • uma cidadã, que cumpre seus deveres, em estado de alerta, crente que a próxima vítima será ela, com um sentimento de profunda impotência, achando que a saída é o aeroporto

Seja em São Paulo ou Fortaleza, a situação exige posicionamento político, sim senhor, com tomada de decisões que possam dar alento à população. Se não é de hoje que essa realidade está sendo construída, mas é nela que temos que criar nossos filhos. E mais, o que cada um de nós está fazendo para mudar isso?


Dia das mães, costurando

Foi a ClaraBeauty quem atiçou a vontade de voltar aos tempos de adolescente que faz a própria moda. Sábado era sagrado: era o dia reservado para ir ao centro da cidade comprar os apetrechos para costurar. Última vez que fiz isso foi durante a minha primeira gravidez. Parte do enxoval do Bié, exibi orgulhosa à base do eu que fiz.

Pois hoje resolvi improvisar. Sentada à máquina de costura, revirei as gavetas da mamãe e catei esse pano gracinha de flores vivas, um pedaço de calça jeans já às portas da lata do lixo e uma nesga de velcro já meio passada. O resultado está aqui.



Eu gostei. E o melhor foi ver as reações, o olhar surpreso do povo, quase apostando que dali não sairia nada. Ao final, elogios e encomendas :)


"Todo dia ela faz tudo sempre igual"

O anúncio feito pela Íntegra para o Sistema O Povo de Rádio diz muito do dia-a-dia de mães e filhos. Texto simples como a vida deve ser.


"Escute sua mãe falando,
ninando, sorrindo e beijando.
Escute sua mãe brigando.

Escute sua mãe dizer "tem que comer",
"tem que dormir", "tem que acordar"
e, novamente, "tem que comer"...

Escute sua mãe se o quarto estiver bagunçado,
se a tarefa estiver incompleta
e se a orelha estiver suja - e não esqueça: limpe.

Escute sua mãe quando ela falar somente com os olhos,
quando ela falar apenas com as mãos
e quando ela falar que não vai mais falar.

Escute sua mãe quando for namorar,
Quando for noivar
E, principalmente, quando for casar.

Escute sua mãe antes de ter filhos.
Escute sua mãe depois de ter filhos.
Escute sua mãe, meu filho."


(Escute sua mãe - texto publicado no jornal O Povo, 14/05/2006)


Que simpático!


Eu não sabia que o autor da famosa, e irritante, frase "ser mãe é padecer no paraíso" é um sujeito chamado Coelho Neto. O que ele faz? Como chegou a tão brilhante conclusão? Habilitem-se!

"Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.

Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!"


sexta-feira, maio 12, 2006

Tem cada morador esse mundo dos blogs!

Este me parece o espaço mais adequado para o pensamentso de tresloucados, como essa criatura que inventou uma tal UPKMW - United People to Kill all Mothers in the World. Exatamente isso que está aí: Povo Unido para Matar todas as Mães do Mundo.

Eu digo é valha do povo que não tem o que fazer!


Mães... música

A irreverência dos grupos surgidos na década de 1980 mudou a cara das músicas com temática sobre mães. Dr Silvana & Cia e o desaparecido O espírito da coisa não me deixam mentir.


"Tudo aconteceu quando ela chegou atrasada
Eram três e meia, alta madrugada
E sua mãe a esperava no portão
Logo, pintou bate-boca, a mãe já gritando
Tava quase louca e exigia em altos berros
Alguma explicação
Eu fui dar mamãe... foi dar mamãe
Eu fui dar mamãe... foi dar mamãe
Eu fui dar um serão extra
Trabalhei com o patrão"

"Mamãe eu acho que estou ligeiramente grávida
Mamãe não fique pálida, a coisa não é ruim
Se lembre, um dia você já ficou assim"

Taca a mãe pra ver se quica
Taca a tua mãe pra ver se quica
Taca a mãe pra ver se quica
Taca a mãe também!


E é claro que teve Cazuza com seus versos cortantes

"Você nunca sonhou
Ser currada por animais
Nem transou com cadáveres?
Nunca traiu teu melhor amigo
Nem quis comer a tua mãe?
Só as mães são felizes..."


Um pouco antes veio Pink Floyd. Do álbum The Wall,a escolhida desse post é Mother. Sensacional!

"Mother do you think they'll drop the bomb?
Mother do you think they'll like this song?
Mother do you think they'll try to break my balls?
Mother should I build the wall?
Mother should I run for president?
Mother should I trust the government?
Mother will they put me in the firing line?
Mother is it just a waste of time?

Hush now baby, baby, dont you cry.
Mother's gonna make all your nightmares come true.
Mother's gonna put all her fears into you.
Mother's gonna keep you right here under her wing.
She wont let you fly, but she might let you sing.
Mama will keep baby cozy and warm.
Ooooh baby ooooh baby oooooh baby,
Of course mama'll help to build the wall.

Mother do you think she's good enough -- to me?
Mother do you think she's dangerous -- to me?
Mother will she tear your little boy apart?
Mother will she break my heart?

Hush now baby, baby dont you cry.
Mama's gonna check out all your girlfriends for you.
Mama wont let anyone dirty get through.
Mama's gonna wait up until you get in.
Mama will always find out where you've been.
Mama's gonna keep baby healthy and clean.
Ooooh baby oooh baby oooh baby,
You'll always be baby to me.

Mother, did it need to be so high?"


quinta-feira, maio 11, 2006

Responda rápido

Você iria numa festa cuja propaganda diz:

"as 50 primeiras universitárias entram de graça!" ?



Música embala-mãe III

Ou quase. Embora não seja uma música feita para aquela mãe de avental sujo, muito menos para as mais faceiras prontas para dançar uma valsinha, é uma das canções que mais lembro nessa data. É de uma ingenuidade benfazeja, independente de fé ou de religião. Cante comigo!

Eu era pequeno, nem me lembro
Só lembro que à noite, ao pé da cama
Juntava as mãozinhas e rezava apressado
Mas rezava como alguém que ama
Nas Ave - Marias que eu rezava
Eu sempre engolia umas palavras
E muito cansado acabava dormindo
Mas dormia como quem amava

Ave - Maria, Mãe de Jesus
O tempo passa, não volta mais
Tenho saudade daquele tempo
Que eu te chamava de minha mãe
Ave - Maria, Mãe de Jesus
Ave - Maria, Mãe de Jesus

Depois fui crescendo, eu me lembro
E fui esquecendo nossa amizade
Chegava lá em casa chateado e cansado
De rezar não tinha nem vontade
Andei duvidando, eu me lembro
Das coisas mais puras que me ensinaram
Perdi o costume da criança inocente
Minhas mãos quase não se ajuntavam

O teu amor cresce com a gente
A mãe nunca esquece o filho ausente
Eu chego lá em casa chateado e cansado
Mas eu rezo como antigamente
Nas Ave - Marias que hoje eu rezo
Esqueço as palavras e adormeço
E embora cansado, sem rezar como eu devo
Eu de Ti Maria, não me esqueço

Maria de Minha Infância (Padre Zezinho)


Letra retirada daqui


Uma nova modalidade de censura?

Artista da Globo não pisa no SBT, na Record, na Rede TV, na Band. É claro que há exceções. Vez por outra alguém aparece diante das câmeras do concorrente e está lá bem explicitado que ouve uma autorização prévia. Mas o certo é que essas limitações no uso da imagem dos contratados é uma forma de demarcar terreno e de proteger-se. Sabe lá o rebolado que é para se pontuar na audiência? E aí nem adianta tentar marcar entrevista com globais e globetes que a resposta vai ser sempre a mesma: "meu contrato não permite". Tem quem tente burlar a regra, e faça papelão, como é o caso do enfastiante TV Fama, da Rede TV.

Guardadas as proporções, alimentamos essa prática dentro das nossas modestas produções. Mesmo que na maioria das vezes não haja ferramentas legais impeditivas, há uma espécie de acordo tácito onde o melhor é não ficar "vendendo" a concorrência. Ok, mas nós vamos ouvir os dois, ou os mil e vinte e cinco lados da questão. Tá, desde que nenhum deles represente perigo para a audiência.E há até casos em que fontes viram objeto de ciumeira se aparecem na telinha da concorrente. Mas, sem querer ser idealista, e já sendo que eu tenho menino e até um neto pra criar, será que fazendo assim estamos exercendo o sagrado dever de informar? E o sagradíssimo direito do "da poltrona" fica onde?

Até agora eu enxergava os blogs como algo, digamos, um pouco mais distante dessa realidade, mas depois de ver que a matéria daquela moça simpática não trouxe uma única linha da entrevista que dei, só posso concluir que não há essa flexibilização. Lógico que há outras questões na hora de editar um texto para publicação, mas para bom entendedor... E, é claro que o Antena Paranóica também foi tesourado.


É show



O site da Briba Design


terça-feira, maio 09, 2006

Did you see it? *

4,5% dos amigos que vêm aqui são dos Esteites **

No bom cearensês:
  • * Tu riu?
  • ** Estados Unidos


Música embala-mãe II

"Minha mãezinha querida,
Mãezinha do coração.
Te adorarei toda vida,
com grande devoção.
É tua essa valsinha,
foste a inspiração!
Canto querida mãezinha
a sua canção..."

Ah, essa era uma das minhas preferidas! Sempre vi muita verdade no sentimento passado por Getúlio Macedo. Claro que na época não fazia idéia da autoria da música. Na verdade, só agora sei :) Googlando, descobri uma entrevista do autor falando de como em 1952, numa viagem de bonde até em casa, lendo Seleções do Reader's Digest, resolveu compor a música para o primeiro dia das mães a ser comemorado no Brasil.

Creio que a letra não está completa. Mas lembro de cantar diferente o final dessa também. Em lugar de "foste a inspiração", cantava "é teu o meu coração". E emendava com um lá lá laiá já que não sabia toda. Ei, tinha um "ó minha mãe, minha santa querida, és o tesouro que eu tenho na vida..."

Complete aí!


segunda-feira, maio 08, 2006

É a mãe

Ainda refletindo sobre a conversa com a "moça simpática" do post anterior, resolvi pescar nas estatísticas as palavras ou termos que mais trazem nossos amigos até aqui. Bingo, é maio!

Pois bem. A busca não é por uma mãe qualquer. Curiosamente, é por um sucesso musical de quase seis décadas, a valsa Mamãe, composta por Herivelton Martins e David Nasser. Coincidência maior é que postei a letra num mesmo 08 de maio, no ano passado. Dá até pra ouvir o Agnaldo Timóteo "mamãe, mamãe, mamãe..." Mas uma gravação bem mais antiga certamente é a que ficou registrada na memória - foi a Sapoti quem gravou em 1956, pela extintíssima Copacabana. E adivinha o formato? Acertou quem disse disco de 78 RPM. Isso um pouco antes do long-play, meu povo. Não é bom demais?

E como não podia deixar de ser, resolvi publicar mais vez a letra.
Quem sabe canta :)

"Ela é a dona de tudo
Ela é a rainha do lar
Ela vale mais para mim
Que o céu, que a terra, que o mar

Ela é a palavra mais linda
Que um dia o poeta escreveu
Ela é o tesouro que o pobre
Das mãos do senhor recebeu

Mamãe, mamãe, mamãe
Tu és a razão dos meus dias
Tu és feita de amor e de esperança

Ai, ai, ai, mamãe,
Eu cresci, o caminho perdi,
Volto a ti e me sinto criança

Mamãe, mamãe, mamãe
Eu te lembro o chinelo na mão
O avental todo sujo de ovo

Se eu pudesse eu queria outra vez, mamãe
Começar tudo, tudo, de novo
Dorme, dorme, filhinho"


Só não lembro de cantar esse "dorme filhinho" aí.
E está resolvido: esse é o início de uma sessão Música embala-mãe. Aguardem :)


domingo, maio 07, 2006

Uma blogueira fuleiragem

Recentemente atendi uma ligação de uma moça bem simpática do Portal Verdes Mares. A pauta que está desenvolvendo fala de Gentes de mídia que têm blogs. Cavucando a blogosfera, a moça simpática chegou até aqui e depois até mim. Perceberam que o nome dela eu nunca vou lembrar, né. Essa sou eu :) Bom, ela queria saber de um tudo. Pasmem, senhoras e senhores, mas eu sequer sabia dizer quando dei os primeiros passos como blogueira. Ô besteira isso, meus deuses! Para que servem os arquivos? Ufa, salva!

Masss, pensei: ótimo! taí mais um bom tema pra eu me debruçar nas noites insones. Vai ver é porque inicialmente esse não era um projeto meu; talvez por eu ser uma criatura do século passado, portanto não muito afeita às novíssimas tecnologias; quem sabe coisa de quem não persiste nos intentos blá blá blá blá.

Mais maluco foi constatar que tenho mais outros quatro blogs e que todos estão largados à própria sorte, até que o servidor resolva deletá-los. E ainda tem aquele que é apenas um projeto. Um projeto meu, mas apenas um esboço, uma intenção.

Porém, não pensem que não me absolvo. Juíza de mim mesma, quero crer que tudo isso é pura experimentação.


Disparate

Quem está na casa dos quarenta lembra dos caderninhos que circulavam às escondidas, quase sempre na sala de aula. Tinha desde os mais caprichados, verdadeiros jardins, até as simples folhas de caderno amassadas. Mas ninguém nem aí pro visual, o que importava mesmo era o conteúdo revelador. Se se queria saber sobre o paquera, tome a ler o Orkut de então. E naquelas linhas havia toda uma preocupação em impressionar. Mas a maioria do povo falava com sinceridade.

Pensando bem, aquilo funcionava como uma espécie de terapia do conhecer-se. Pois eu, que sou adulta desde há muito, resolvi achar que tudo era bobagem de criança e passei a ignorar além das perguntas dos disparates as prováveis respostas. Aliás, se não me falha a pouca memória, acho que já fiz esse comentário por aqui. Mas a novidade é que capitulei - não resisti à vontade de seguir o exemplo que vi no Síndrome de Estocolmo.


O último filme que eu assisti




O próximo filme que pretendo assistir




O último espetáculo de teatro que assisti




O último livro que li



O último livro que li (e achei maravilhoso!)



Livro que estou lendo



Próximo livro da fila



Minha escritora brasileira



Minha escritora não-brasileira preferida



Meu escritor Brasileiro



Meu escritor não-brasileiro preferido



Programa de TV que não perco



O que ouço, sempre



Uma grande atriz brasileira



Atriz americana maravilhosa



Ator que mais gosto no Brasil



Ator americano, que eu adoro



Meu cineasta queridinho



Comida que eu detesto



Comida que eu adoro



Blog que leio todos os dias



Onde eu gostaria de estar, agora



Quem eu queria ser, quando tinha 18 anos


O que foi que ele disse?

"Numa certa fase da vida,
os homenes têm demais, e no fim, muito pouco.
(...)passam a metade da vida lidando com putas
e a outra metade sendo cornos."

"Num dia frio de inverno, alguns porcos-espinhos se juntaram para se aquecerem com o calor de seus corpos. Mas logo viram que estavam se espetando e se afastaram. Ficaram com frio de novo e se juntaram, ficando entre dois males até descobrirem a distância adequada. assim é na sociedade, onde o vazio e a monotonia fazem com que os homens se aproximem, mas seus muitos defeitos, desagradáveis e repelentes, fazem com que se afastem."

(Citações de Arthur Schopenhauer,
em A cura de Schopenhauer - Irvin D. Yalon)


terça-feira, maio 02, 2006

A de amigo

"A amizade é um amor que nunca morre."
(Mário Quintana)


segunda-feira, maio 01, 2006

13º

Tudo bem, eu confesso: tenho pingüins sobre a geladeira. Assim mesmo, no plural. São doze, curiosamente. E me diga se esse aí não seria perfeito? O número 13 da coleção! A peça se chama Luladegeladeira e faz parte da exposição Luladepelúcia e outras coisas, em exibição a partir dessa quarta-feira, na Galeria Oeste - Pinheiros, São Paulo.
Veja fotos de outras peças no Terra


[ Escrevi depois ] Pensando bem, ô bicho feio!


"Viver é sofrer"

Gosto da maneira como Irvin D. Yalom escreve. Li Quando Nietzsche chorou e, por diversas vezes, me emocionei com a possibilidade que o autor cria de estarmos perto dos seus escolhidos. Dessa vez o mote é a filosofia de Schopenhauer. Estou lendo. Muito embora ache a narrativa demasiado parecida com a do livro anterior, estou gostando. Julius Hertzfeld, o psiquiatra personagem central da trama, descobre que está prestes a morrer. Tomando Nietzche como exemplo (sim, ele mais uma vez), decide passar o último ano de sua vida exatamente como passou os demais - trabalhando. Parte, então, para uma busca pelo resultado de seu trabalho como psicoterapeuta. Philip Slate, o seu maior fracasso profissional, é quem o apresenta a Arthur Schopenhauer. Muito bom!


..."Incrível pensar que, de repente, ele não era mais a forma superior da vida. Ao contrário, era um hospedeiro, era comida, alimento para um organismo com células devoradoras que se multiplicavam com enorme rapidez..."

..."Será que nós, será que algum de nós, jamais cessará de buscar um poder superior no qual possamos nos fundir e existir para sempre, parar de querer manuais de instruções dados por um Deus, de querer um desígnio maior, de buscar rituais e cerimônias?"

..."Grande parte da graça da vida se perde se nunca tiramos nossos mecanismos de proteção e partilhamos da alegria. Por que correr para a porta de saída antes da hora de fechar?" (Trechos de A Cura de Schopenhauer, de Irvin D. Yalom)


Ctrl C + Ctrl V = Aguardo


"Quando você voltar
estarei com braços
abertos
o coração
exposto
os olhos
sorrindo.
Os meus beijos
secarão suas lágrimas
o meu corpo
aplacará sua febre
e nossas noites
iluminarão os dias.
O que é saudade
será sempre a festa de volta."

(Nirton Venâncio, em Poesia Provisória)