El blog de los 3 amigos

segunda-feira, maio 01, 2006

"Viver é sofrer"

Gosto da maneira como Irvin D. Yalom escreve. Li Quando Nietzsche chorou e, por diversas vezes, me emocionei com a possibilidade que o autor cria de estarmos perto dos seus escolhidos. Dessa vez o mote é a filosofia de Schopenhauer. Estou lendo. Muito embora ache a narrativa demasiado parecida com a do livro anterior, estou gostando. Julius Hertzfeld, o psiquiatra personagem central da trama, descobre que está prestes a morrer. Tomando Nietzche como exemplo (sim, ele mais uma vez), decide passar o último ano de sua vida exatamente como passou os demais - trabalhando. Parte, então, para uma busca pelo resultado de seu trabalho como psicoterapeuta. Philip Slate, o seu maior fracasso profissional, é quem o apresenta a Arthur Schopenhauer. Muito bom!


..."Incrível pensar que, de repente, ele não era mais a forma superior da vida. Ao contrário, era um hospedeiro, era comida, alimento para um organismo com células devoradoras que se multiplicavam com enorme rapidez..."

..."Será que nós, será que algum de nós, jamais cessará de buscar um poder superior no qual possamos nos fundir e existir para sempre, parar de querer manuais de instruções dados por um Deus, de querer um desígnio maior, de buscar rituais e cerimônias?"

..."Grande parte da graça da vida se perde se nunca tiramos nossos mecanismos de proteção e partilhamos da alegria. Por que correr para a porta de saída antes da hora de fechar?" (Trechos de A Cura de Schopenhauer, de Irvin D. Yalom)


2 Comments:

  • Eu li e fiquei incomodamente comovido "Quando Nietzsche chorou". Pra mim é um clássico. Mas de certa forma me frustou um pouco: lá pelo capítulo 21 dr.Breuer toma coragem, enfrenta a esposa Mathilde, e decide separar-se, ir embora, etc e tal, e consegue. Quando começamos a acompanhar todo o processo de mudança a partir da coragem que ele teve, dr. Freud estala os dedos e era tudo uma sessão de hipnose.
    Bem, por outro lado é ótimo conhecer o pensamento e a pessoa de Nietzsche, e o livro, mesmo ficcional, é quase uma biografia enviesada do filósofo.
    Tô aqui com "A cura de Schopenhauer" na fila pra ler.

    By Blogger Nirton Venancio, at 11:26 PM  

  • Foi frustrante para mim também essa passagem, Nirton. Mas nada comprometedor esse desapontamento. A minha curiosidade por Nietzche só aumentou.

    By Blogger maísa, at 11:54 PM  

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