"É hoje o diiia
da alegriiia
e a tristeeeza
nem pode pensar em chegar..."

E eu?
Eu vou pra guerra!

Li e repasso pra você.

O tira e a tiara

"Segurança é questão demasiado complexa para ser
confiada apenas aos policiais. A violência, que
já se integrou ao cotidiano dos brasileiros,
que aterroriza e enluta as famílias, que pesa cada
vez mais no bolso do cidadão comum, no orçamento
das empresas e no erário público, requer explicações
- e estratégias de combate - muito mais elaboradas
do que as que foram apresentadas ao longo da
propaganda eleitoral.

O rádio e a TV mostraram sobejamente como um tema
da maior relevância pode ser banalizado pelo oportunismo
e a demagogia. Nas mãos de alguns políticos e de seus
marqueteiros, o medo virou matéria prima para induzir
o voto alienado.

O tom simplório que se emprestou à angustiante questão,
traduziu-se nessa pérola de leviandade, pronunciada
entre os dentes por uma jovem atriz: ''Chega de política,
eu quero é segurança''. Plasmou-se, aqui, a absurda
negação da inteligência. É como se pretendessem excluir
o debate político, a reflexão, para reduzir o problema
da segurança ao denominador comum da repressão policial.

O ''achado'' do marketing do medo me lembrou lições
repassadas por Bertolt Brecht em seu antológico
O analfabeto político. E me despertou um temor verdadeiro,
fundado na constatação de que não querem que os jovens
parem para pensar; querem que eles parem de pensar.
A mocinha do programa eleitoral, angustiada porque
já não pode namorar no portão, fez uma triste apologia
da alienação. Ela não precisa de um tira armado patrulhando
a rua; basta-lhe uma tiara para prender os cabelos...
e libertar sua mente - tão jovem, tão estreita".

Artigo do jornalista Ítalo Gurgel publicado no jornal
O Povo (29/10/2004)

"São Judas Tadeu, glorioso Apóstolo,
fiel servo e amigo de Jesus...fazei uso do privilégio
que vos foi concedido, de trazer imediato auxílio,
onde o socorro desapareceu quase por completo.
Assisti-me nesta grande necessidade,
para que eu possa receber as consolações
e auxílio do Céu em todas as minhas precisões,
atribulações e sofrimentos".

Queria o quê? Não tem Cartier-Bresson
que opere milagre fotografando um eclipse
com uma Canon PowwerShot A300... Ou tem?

13 anos no ar, ao vivo e diariamente.
Definitivamente, é uma marca difícil
de atingir. Pois ousamos cruzar esta
fronteira, fazendo televisão no Ceará,
numa época de apelos e briga constante
por números no gráfico de audiência.
Não tem sido fácil, especialmente para
mim. Estar à frente de um programa de
TV não requer apenas um rostinho
apresentável, acreditem. Sabe aquele
leão de todo dia? Ele não anda sozinho.
Portanto, é preciso acreditar que é possível
dizer algo verdadeiro; que este algo não
necessariamente condiz com a vontade dos que
dividem a mesma sala; que hierarquia não significa
aprisionamento do pensamento; que dá para ouvir o
outro; que a verdade tem mais de dois lados e que
não cabe num três por quatro. Mas, acima de tudo,
é preciso crer no erro como uma condução ao
aprimoramento pessoal e profissional.

Qual o peso de um gesto?
Talvez o mesmo que me desce pela garganta
ao reconhecer o quão intolerante eu posso ser.
Qual a força de uma palavra?
Quem sabe a mesma que me impulsiona a repetir
incessantemente que odiar não vale a pena.
Que distância há entre teoria e prática?
Zilhões de anos luz, se não paro para pedir desculpas.
Agora eu quero chorar...

Eu fumaria um cigarro
tomaria banho de cachoeira
sairia por aí sem ...

Releituras I




Releituras II



Arte: Farley Vasconcelos

Qual é a idade certa para isso ou aquilo?

Como mãe, confesso que nem sempre tenho certezas.
Como mulher de uma geração que vive um turbilhão
de mudanças, sigo feliz no meu aprendizado.
Cidadã que sou, não posso calar diante da leviandade
dos que a qualquer preço tentam conquistar mentes,
corações e votos alimentando preconceitos.
Lembro de ter, no início deste ano, divulgado uma pesquisa,
feita pela Unesco, na qual jovens e adolescentes de Fortaleza
revelaram não querer perto de si colegas homossexuais.
Não recordo números. Na verdade, penso que se um único estudante
se incomoda com o fato de um colega não ter a mesma escolha
sexual que a sua, não importa em que idade ou como foi aprendido,
há que se aproveitar para incutir-lhe a necessidade da reflexão sobre.
Aliás, qual a idade certa para se conhecer a realidade?
É satisfatório ensinar conceitos que reforçam a legitimidade
de um comportamento homogêneo?
Desprezando o comportamento do outro não estamos contribuindo
para a segregação, o ódio e a violência?
Se concordarmos que a escola tem um papel determinante na formação
de cidadãos preparados para enfrentar um mundo cheio de desafios,
nada mais certo do que pais e professores - a escola portanto,
caminharem juntos no sentido da construção de conceitos firmadores
da possibilidade de convívio com as diferenças de uma sociedade
que já se mostrou plural.
Uma última pergunta: Quais os critérios utilizados por marqueteiros,
candidatos e assessores na construção de uma campanha política?
Se bem que tenho outras muitas dúvidas, mas...

P.S.
Artigo publicado no jornal O Povo, edição de segunda-feira(18/10/2004)

arte: Farley Vasconcelos

aRRRe, que prestígio, ou sorte, ou
sei lá o quê, têm algumas criaturas neste mundo!
O menino que enfrentava até duas horas de ônibus
para chegar até o local de treinos na periferia do
Rio de Janeiro, hoje vai de táxi... aéreo, viu. E sem
gastar nem um tostão. Li na BBC Brasil, que tão logo
termine o jogo com a Colômbia, na quarta-feira, Ronaldo
deixará o Brasil, com destino a Espanha, num vôo fretado.
Com ele estarão Ronaldinho Gaúcho e Robertos Carlos.
Valor do traslado? Algo em torno de R$ 440 mil. Real Madri
e Barcelona bancam a viagem.
É, nasceram com seus erres voltados pra lua!

EXTRA, EXTRA!!!

. Famoso periodista dice que Bin Laden
está a punto de ser capturado en China

. Ártico estará sem gelo até o final do século

. Aposentado morre afogado dentro de sua própria casa

Arrasou, Luisiane do PT

Algumas bandeiras

. Pesquisa, em dia de eleição, não

. Quero votar em um grupo de nomes para vereador(a)

. Não quero ser obrigada a votar - voto porque quero...
eleger candidatos e candidatas que têm compromisso
com a cidade, o estado, o país