El blog de los 3 amigos

segunda-feira, agosto 30, 2004

"Débora é metáfora desse tempo de desenganos....
Soft é o nome do desencanto, da descrença, do deboche,
da revolta, da alienação, do desejo negado, da falta de
liberdade, da vida sem prazer.

Já tivemos o Deficiente Eficiente, o Professor Morais,
a Moema Santiago, o Afrânio Marques, o Tadeu Nascimento
e agora a Soft . São personagens cíclicos...

É o contracampo da falsa seriedade da política."
(Ismael Furtado)


. Faz uma falta o texto crítico-cortante do Ismael!
As palavras ditas no MSN, e editadas aqui, bem
que poderiam ser o mote pra ressurreição do Mental.
Está lançado o desafio.


sexta-feira, agosto 27, 2004

"o principal papel cumprido pelo jabá tem
sido o de impedir que o público tenha acesso
à maior parcela do que de melhor se produz
em termos de música brasileira. Mais do que
um meio imoral e ilegal de promover as vendas,
o jabá converteu-se numa forma intolerável de censura".

( Sérgio Rubens de Araújo Torres)


quinta-feira, agosto 26, 2004

Lembra do He Man?
Pois é. Eeeu tennnho o veloxxx!
Enfim, sou uma ex-excluida digital.


sexta-feira, agosto 20, 2004

Pra (me)ninar...

"Se seu mundo for um mundo inteiro,
sua vida, seu amor, seu lar
Cuide de tudo que for verdadeiro,
deixe tudo que não for passar"


quinta-feira, agosto 19, 2004

Tudo como dantes na terra de Abrantes...

Não sei quem é o tal Abrantes, nem muito menos
a vida segue reta. Melhor assim, incerta.
Não hovesse tantos obstáculos, talvez fosse
um tantinho mais fácil. Mas os tempos são olímpiquianos!
E eu? Eu sigo daqui com meus pulinhos, saltando vorazmente
as barreiras cotidianas. Medalhas são conseqüências...
Será que de maturidade? Ô palavrinha danada de forte.
E estava lá, no finalzinho de um texto que li hoje.
Serviu-me a carapuça.


.: Promessas Matrimoniais :.

"Anos atrás, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o
ritual do casamento da igreja, com seus vestidos brancos e tapetes
vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão
do padre:

"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"

Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas
sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora,
e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que
ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e
espontânea vontade?

- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando
devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa
pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não
uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se
concretizar?

- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e
ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que
melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar,
assim como você a ela?

- Promete se deixar conhecer?

- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada,
que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por
vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para
serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para
arrancar risadas dos outros?

- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância
que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por
si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua
própria solidão, que casamento algum elimina?

- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar
na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros".


Vale dizer que não vou creditei o nome do autor
por discordar que seja do Mário Quintana.
Coisas de internet.


quinta-feira, agosto 12, 2004

Na radiola do juízo...

"eu
estou pensando em você
pensando em nunca mais
pensar em te esquecer
pois quando penso em você
é quando não me sinto só
com minhas letras e canções
com o perfume das manhãs
com a chuva dos verões
com o desenho das maçãs
com você me sinto bem
eu estou pensando em você
pensando em nunca mais
te esquecer."

(Paulinho, o Moska)


"O passado não é o que passou. O passado é o que o presente filtra,
redimensiona e resignifica. O passado é apenas lembrança imaginada.
O futuro não é o que ainda não sabemos e virá. O futuro é o que sabemos
na imaginação projetada a partir do presente, é projeção do que nunca será,
pois quando for, já não será como imaginamos.
O presente não é o agora, o que se está vivendo, pois o que estamos vivendo
agora é filtrado, redimensionado e resignificado pelo que pensamos

que vivemos e pelo que imaginamos que viveremos.
O passado não é o que passou, o presente não é o que está passando,
o futuro não é o que ainda vai passar.
Passado, presente e futuro formam um trio de tempo que a um só tempo

nos perpassa."

(Ricardo Guilherme, sobre o espetáculo Tempo Temporão)


quarta-feira, agosto 04, 2004

Nas idas e vindas que este mundo dá, estou de volta.


Nada como deixar marcas no caminho, meus amigos. Como quem reaprende a falar, estou aqui a catar letras buscando a maneira certa de reatar nossos laços. Penso que talvez o melhor seja seguir lentamente, tal qual meu coração bate agora: 20 tum tuns a menos que o esperado. Tá bom demais. Sendo assim, que tal uma reverência a um sujeito que gosto muitíssimo e que há bem pouco tempo andou nos pregando um susto? Já que concordamos, aí vai um texto tão EXCLUSIVO quanto as cenas dos programas policiais da TV brasileira, e bem mais INÉDITO do que os filmes do SBT :-)
E agora com foto, uau!

Nonato

Há alguns poucos minutos do horário combinado me ocorreu que nunca o entrevistei. Ali, há oito anos, dividindo experiências, na mesma casa - a TV Jangadeiro, e nunca convidei Nonato Albuquerque para estar comigo Na Boca do Povo. Teria ouvido muitas histórias. Daquelas de "quando a televisão ainda era a lenha". Ou quem sabe casos curiosos dos tempos lá em Iguatu, terra escolhida depois da Acopiara de nascença. Me demoro nos entretantos e ele se avexa por me chamar - Cadê o gravador? Ferramenta em punho, ouço a reclamação do entrevistado pela falta de máquina fotográfica para registrar o colóquio. Descontraído, me fala dos mais de 25 anos dedicados ao jornalismo. Quero saber quantos anos mais já viveu: - cinqüenta e uns, mas pode botar um três depois. O começo foi "ainda menino, lá no Iguatu", como rádio-escuta. Da época ficou marcado o dia em que matou a Rainha Elizabeth, da Inglaterra. "Foi um alvoroço. Eu e o dono da rádio ouvindo. Imagina o carão! É que a fita enganchou e ouvi errado". Risos. Já em Fortaleza, fez Comunicação Social na Universidade Federal do Ceará. Diz não recordar ao certo em que ano. É mesmo "péssimo em matemáticas". No Liceu do Ceará, levou "pau do Professor" que o reprovou por cinco décimos. Reconhecido que são muitos os rumos dessa prosa, decidimos por falar da relação do Senhor Barra Pesada, com o programa que apresenta, sua religiosidade e os rumos do jornalismo.

Maísa - Os veículos de comunicação têm sido bandidos ou mocinhos no que diz
respeito à banalização da violência?

Nonato Albuquerque- Temos sido bandidos e algumas vezes a gente dá uma
de mocinho. Somos bandidos quando não cobramos que o sistema penitenciário
brasileiro é arcaico. E às vezes ate o silêncio de um flagrante de uma câmera, ainda
que não tenha a voz do jornalismo falando, é necessário pra que façamos cobranças
às autoridades do sistema penitenciário... Que está atrasado. Que recolhe homens
como se fossem animais e que a própria sociedade pede pra retirar do seu seio.
Sem apontar uma solução.

Maísa - Essas almas(os presos) têm salvação?

Nonato - Têm. Nós temos salvação. Se olharmos bem, éramos piores do que somos
hoje. Cada dia é um ciclo de renovação.

Maísa - Essa sua espiritualidade é uma proteção?

Nonato - Eu sou violento! Todos somos. Esse comportamento é um exercício, não é
uma capa. Não sou bom, perfeito. Não sou santo. Eu queria era ser Papa! (risos).
Nesse angu da vida eu queria ser Papa. Falo isso porque às vezes perguntam por que
não um político. Preferia ser Papa.(risos). Antes de estar Barra Pesada, já tinha
consciência crítica do social. Estamos vivendo um funil. O mundo caminha para uma
mudança. Já, já passa essa fase de alunos analfabetos de virtudes, de sentimento
moral. Não falo de sinais. Falo dos grandes corruptos, dos políticos que não sabem
a missão que têm.

Maísa - Quem seria reprovado na escola da vida?

Nonato - Vixe, todos nós.

Maísa - Tá na hora do mundo acabar?

Nonato - Ta na hora da moral mudar, não o mundo. Essa fase é a hora da moral
mudar - na política, em todos os setores. Hora de mostrar a outra face.

Maísa - De que forma o jornalismo pode contribuir com essa mudança?

Nonato - Sendo fiel ao fato, não adjetivando nada, procurando responder à essência
da estrutura da notícia pra que cada um tenha sua perfeita forma de avaliar. Se indignar
e denunciar o que está errado, além da noticia... exercendo o direito de cidadão. Somos
jornalistas sim, mas somos acima de tudo cidadãos. Devemos exigir a outra parte da questão.