El blog de los 3 amigos

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Deu CAPA, galera!

E com a minha Canon?!
Arrasei, povo!




Escrevi depois: Definitivamente, ninguém olha pros créditos da foto no jornal. Teve gente me procurando entre os destroços do barco... Pode?


domingo, fevereiro 20, 2005

A "nação" faz a lei










Praia de Redonda-Icapui, hoje. Pescadores incendeiam barco que fazia pesca com uso de compressor, durante período do defeso.

E o que era para ser um relaxante passeio de domingo acabou por se transformar em correria. Correria, diga-se, para conseguir chegar o mais perto possível da multidão e do barco em chamas. Definitivamente, não dá para fazer foto-reportagem com uma Cannon Power Shot A300. Bom, mas o que dizer da atitude extrema da "nação", que é como se auto-denominam os cerca de 400 pescadores de lá? Depois de passado o susto inicial, depois de ouvir muitos comentários e até de apoiar inicialmente a "bravura" daqueles homens, fiquei matutando. Tudo bem que eles estejam descrentes com a fiscalização: afinal é comum que barcos sejam pegos, que tenham os compressores apreendidos, os donos multados, e que tudo volte a acontecer. Mas será essa a melhor solução? E onde está o Ibama? Será que teremos aqui um acirramento de ânimos como em tantos áreas deste país sem que atitudes preventivas sejam tomadas?




Vá com os anjos, Seu Zérosa! Siga em paz.

"É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais..."



quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Pouso lá e pouso cá


O Nonato Albuquerque, no seu Antena Paranóica, comentou sobre a chegada de uma visita, digamos, especial. Pois não é que a bichinha veio até mim!
Fiz a fotinha pra você, Nonato.



Efeito Severino

"Prezados Senhores e Prezadas Senhoras,

Certamente dirão que nós povo não entendemos os meandros da política, e portanto não podemos entender como funcionam as forças da democracia. Assim, já ciente da minha incapacidade de entender, digo que o PT continua irresponsável. Perdemos a Presidência da Câmara e não ocuparemos nenhum cargo na mesa pelo simples fato de alguém ter se sentido desprestigiado. Pois saibam, meus caros, que enquanto trabalhador sou constantemente desprestigiado, sou pago abaixo do que mereço e preciso. Muitas vezes engulo o orgulho pessoal porque tenho responsabilidade com a família. Apesar de tudo isso, vivo, sou feliz e acredito que o país está mudando. Mas, infelizmente, as mudanças que tanto anseio são atrapalhadas por um bando de deputados que ficam brincando de poder, enquanto nós, pobres mortais, sustentamos esta brincadeira, que agora sairá muito mais cara. Infelizmente, sou obrigado a aceitar as críticas que dizem que o PT é o seu maior opositor.
"


O texto veio assinado, mas aqui não preciso identificar o amigo que me mandou. É um desabafo de alguém do partido.


domingo, fevereiro 13, 2005

Teste de português



O correto é:
  1. A uma semana
  2. Há uma semana
  3. Uma semana atrás
  4. Uma semana há atrás




Dia desses, ouvindo a Voz do Brasil (sim, eu ouço a Voz do Brasil) fiquei a pensar em como é difícil começar. No jornalismo, como em toda profissão, é fazendo que se aprende. Mas por outro lado, é também complicado aceitar a falta de controle na qualidade do que os que estão começando fazem. Não quero dizer com isso que os que estão há mais tempo numa redação não possam errar: o dia-a-dia comprova que cada um tem seu dia, ou sua lauda, de cão. No rádio, é aquela falta de vitalidade na voz, as frases fora do tamanho aceitável para o ouvido, o uso de termos inadequados. Na TV, tem a postura típica da insegurança inicial, os clichês, a voz cantada como a do repórter fulano-de-tal... Mas o mais sério é o despreparo no uso da nossa língua. Deus do céu! E o Terra deve ser um campeão nisso. Não me parece falha por pressa na digitação, muito embora saibamos que o fator tempo é um dos grandes vilões. Neste caso, o erro está muito evidente. Eu confesso: sou do tempo em que havia a figura do revisor.


Sou fã e daí?


Um substantivo ímpeto guia o fã. Ou a fã. Sequer há definição de gênero para a palavrinha surgida nos glamurosos dias de Hollywwod. Muito menos espaço ou tempo certos são necessários para a manifestação deste ser, às vezes, oculto por entre véus de timidez.
Quem não é fã de alguém ou de algo que acesse os comentários e se explique. Ou será que ter a coleção completa do Pink Floyd ou da Ivete Sangalo não significa ter entrado para o rol dos que se diferem da multidão sem ênfase?
Mas para o fã entrar em ação, não basta apenas o ídolo estar ali. É preciso uma lufada de coragem; um arroubo acrescido de sugestivas doses de descaro, eu diria. Um combustível que dura pouco, e quase sempre se esvai diante do olhar impreciso do idolatrado.
Eu que não encaro com normalidade o fato de ser parada na rua para dar autógrafo, confesso que já fiz, e continuo fazendo, o mesmo. E tenho uma teoria: a menos que a condição de "fanático" por alguém tenha sido elaboradíssima, penso que a frustração é um sentimento inevitável quando da abordagem. Onde já se viu não ser compreendida ou não receber a atenção desejada...
Bem, mas como tudo na vida muda depois de uns dois ou três segundos de reflexão, vou encarar que o Stanley Jordan é também um rapaz acometido de acanhamento, como me quer fazer crer a amiga Sônia Lage, e que por isso limitou-se a garranchear alguns hieroglifos num ingresso de show, sem sequer dirigir o olhar para mim. Gosto dele mesmo assim. Já gostava antes do acontecido de ontem, no Teatro José de Alencar, durante o show do Nuno Mindélis e do Big Joe Manfra.
Na verdade, já passei por algo parecido antes. Senti-me exatamente assim diante de um Cazuza deslumbrante a desfilar seu shortinho jeans rasgado por entre rendas e bordados da Emcetur. Era um desses dias dos 80 aquecido pela recém-surgida febre do rock nacional. Acreditem! Na minha frente estava um sujeito nem aí praquela pentelha quase estérica de caneta e papel amassado na mão. Pois eu ri por último que não sou besta de levar desaforo pra casa! Na demora do rabiscado, dei rabissaca e deixei-O-o a falar sozinho. Arrependo-me até hoje.
De outra vez, em Salvador, de viola na mão, largado pela mídia e pela multidão, encontrei Luís Melodia. Este sim sabia como alimentar a paixão de uma desconhecida. Um autêntico ídolo. Do tipo que sabe que não há ídolos sem fãs. Ele também precisa dar a sua cota de sacrifício, saber dividir-se entre uma vida recatada e sua condição de modelo para muitos.
A pergunta é: como encontrar o ponto de equilíbrio?
Talvez seja necessário pensar o papel do fã não apenas como aquele mala sem alça que dá a vida em troca de nada.
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E não tem fotinha, mas tem o próprio autógrafo :)




Atualização do post ou Escrevi depois

* Sublime, talvez seja essa a única palavra capaz de definir o show do Stanley Jordan.
** Feita a correção da palavra hieroglifo, aqui grafada incorretamente.


quarta-feira, fevereiro 02, 2005