Precursor da auto-ajuda
Pois o que segue não é novo por aqui, mas vamos lá! Eu devo pegar o livro mais próximo, abrir na página 161 e publicar a quinta frase.
Antes, cabe uma explicaçãozinha sobre o livro. Há meses ele está comigo sem que uma única linha da orelha tenha sido lida. Botei até capinha e tal, mas nada de querer encarar aquele pequenininho, eu sei, recheado de lições. Veio parar na minha mão fruto da indicação de uma amiga, que só quer o meu bem e que me apresentou o tal livro como uma espécie de salvação para a minha impaciência com os próprios seres humanos. Deu para perceber a indisciplina, a falta de vontade de me guiar por moralismos, né?
Pois bem, a frase: "Como não vêem as coisas boas do presente, anunciam o mal futuro".
Assim, solta, não faz muito sentido, claro. Vejamos, então as duas anteriores: "O pessimista é agoureiro, e o maledicente sempre encontra culpas. Sempre imaginam o pior." Todas fazem parte de um texto sobre a necessidade de "Compreender o temperamento das pessoas com quem se lida". O livro? A Arte da Prudência, de Baltazar Gracián, filósofo e jesuíta espanhol, publicado originalmente em 1647 e editado pela Sextante. Segundo Domenico de Masi, organizador da coleção Para Ler na Rede, da qual esse livro faz parte, o autor sugere, através de aforismos, maneiras de como "se desemaranhar nos labirintos das intrigas, das dúvidas e das maledicências".
Resultado da brincadeira 1. Vou domar minha rebeldia e ler. Mal não fará. Ainda que não desista de mandar determinados exemplares da espécie humana para lugares impronunciáveis, pelo menos terei lido o que talvez tenha sido o pai dos livros de auto-ajuda. Será?
Resultado da brincadeira 2. Reman reman quem quiser continuar a brincadeira...
O convite feito pelo Eduardo Andrade, e agora também pelo Emílio Moreno, me levou de volta à rua de areia onde cresci experimentando repetições. Soltar raia, jogar de carimba, de passar anel, de roda, de pular corda, triângulo, bila, esconde-esconde. Bem bonzim era brincar da mesma brincadeira e ver como ela podia ser diferente a cada vez que se brincava. Tivesse gente nova na rua, aí é que o negócio virava novidade, enfeitada pela curiosidade de saber como é que ia se sair o outro.
Pois o que segue não é novo por aqui, mas vamos lá! Eu devo pegar o livro mais próximo, abrir na página 161 e publicar a quinta frase.
Antes, cabe uma explicaçãozinha sobre o livro. Há meses ele está comigo sem que uma única linha da orelha tenha sido lida. Botei até capinha e tal, mas nada de querer encarar aquele pequenininho, eu sei, recheado de lições. Veio parar na minha mão fruto da indicação de uma amiga, que só quer o meu bem e que me apresentou o tal livro como uma espécie de salvação para a minha impaciência com os próprios seres humanos. Deu para perceber a indisciplina, a falta de vontade de me guiar por moralismos, né?
Pois bem, a frase: "Como não vêem as coisas boas do presente, anunciam o mal futuro".
Assim, solta, não faz muito sentido, claro. Vejamos, então as duas anteriores: "O pessimista é agoureiro, e o maledicente sempre encontra culpas. Sempre imaginam o pior." Todas fazem parte de um texto sobre a necessidade de "Compreender o temperamento das pessoas com quem se lida". O livro? A Arte da Prudência, de Baltazar Gracián, filósofo e jesuíta espanhol, publicado originalmente em 1647 e editado pela Sextante. Segundo Domenico de Masi, organizador da coleção Para Ler na Rede, da qual esse livro faz parte, o autor sugere, através de aforismos, maneiras de como "se desemaranhar nos labirintos das intrigas, das dúvidas e das maledicências".
Resultado da brincadeira 1. Vou domar minha rebeldia e ler. Mal não fará. Ainda que não desista de mandar determinados exemplares da espécie humana para lugares impronunciáveis, pelo menos terei lido o que talvez tenha sido o pai dos livros de auto-ajuda. Será?
Resultado da brincadeira 2. Reman reman quem quiser continuar a brincadeira...
6 Comments:
Vixe eu sempre ditava as ordens dizendo: "Romã, romã"... e agora? rs.
Aquele abraço e ótima semana!
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Mário Aragão, at 11:57 PM
Tratante, tu nem foi pro aniversário do Emílio, hein? :P
Mas na brincadeira dizíamos assim:
- Boca-de-forno?
- Forno
- Jacarandá?
- Dá
- Quando eu mandar?
- Vou
- E se não for?
- Apanha. Ahahahaha
Daí o mestre dizia a ordem, iniciando sempre com "Reman, reman". E, quase sempre as ordens eram pra dizer coisinhas pro menino ou pra menina que se paquerava ;)
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maísa, at 12:58 AM
Maisa,
Pelo menos para uma coisa a brincadeira serviu: tirar a poeira do livro, afinal 1647 não foi ontem!
Parabéns,
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Eduardo Andrade, at 8:01 PM
Ah Baby!!! Isso é "auto-injustiça", conheço poucos que acreditam tanto na humanidade como você, na verdade até que você gostaria de ser niilista, mas definitivamente isso em você não cola, divirta-se com as frazes anti-pessimismo do monge.
Beijo com açúcar e com afeto
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Zeze Medeiros, at 8:18 PM
*digo: frases
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Zeze Medeiros, at 8:19 PM
Maísa,
Curioso com a citação comprei o livro e li. Posso afirmar que é um livro muito interessante. Impressionante com a mente humana funciona hoje como e 1647.
Abs,
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Eduardo Andrade, at 5:49 PM
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