Rio de Janeiro - um parênteses
Quando a vida está com o meio de campo mais embolado que o do América de Natal, as tarefas se acumularam ao ponto de não haver agenda que resolva, e o juízo embotado, é hora de... Férias! De tudo ou daquilo somente. É mais ou menos como um plano B, ou o "amanhã eu penso nisso" de hábito, mas com o firme propósito de espairecer, sair flanando sem compromisso. Nada de nada que lembre a prisão dos relógios, os cartões de ponto, os caixas de supermercado, os caminhos de sempre.
Cidade 360 graus
E eu até já esqueci o aperto das poltronas da Gol, a cretina da barrinha de cereal, e a senhora neurótica com seu terço de cinco mil Ave Marias. Do Galeão velho de guerra a Botafogo é um pulo. Lá a certeza dos abraços dos amigos Zérosa, Lena Ximenes, Vinícius Tavares e dos nossos anfitriões. Próximo destino é o Rio Centro, é hora de nos perdermos nos corredores da Bienal.
A cidade outrora povoada por africanos e portugueses, abre caminhos para gentes de todas as partes desse planeta Brasil. Gente como Berimba de Jesus, um paulista criado na Bahia. Sem mágoas, diz que um dia tentou ser fluminense mas a cidade não o quis. Quem disse? E não é aqui onde ele reverbera a sua poesia maloqueirista?
Oquei, não conte pra ninguém, mas a pilha de livros era só desculpa para o brinde do cartão Visa, a super-mega-máxi Led Light Book, uma safada de uma lanterninha descartável, do tamanho do meu polegar, disputada pela multidão consumidora.
Décadence avec élégance
Das idas e vindas ao Rio de tantas paisagens, me dei conta que um lugar havia ficado no esquecimento, meu e dos demais turistas ávidos por novidades, a Estudantina.
Por que não? Foi a Lena, e é sempre ela a dar toques de mestre, que insistiu e lá estávamos a desafiar coreografias.
Dona Antônia. Um presente numa noite imprevisível foi conhecer a amazonense de 80 anos completados em maio passado. Anunciada com festa no salão, lá vem ela, pequenina, passos firmes, altiva. Só uma dança. Saúde abalada, "nada que um chá de boldo não resolva", fala mansinho da sua história de 25 anos como professora da Estudantina. Benza Deus!
Fotos 1,2, 3, 5: Zerosa
Foto 4: Vinícius Tavares
Quando a vida está com o meio de campo mais embolado que o do América de Natal, as tarefas se acumularam ao ponto de não haver agenda que resolva, e o juízo embotado, é hora de... Férias! De tudo ou daquilo somente. É mais ou menos como um plano B, ou o "amanhã eu penso nisso" de hábito, mas com o firme propósito de espairecer, sair flanando sem compromisso. Nada de nada que lembre a prisão dos relógios, os cartões de ponto, os caixas de supermercado, os caminhos de sempre.
Cidade 360 graus
E eu até já esqueci o aperto das poltronas da Gol, a cretina da barrinha de cereal, e a senhora neurótica com seu terço de cinco mil Ave Marias. Do Galeão velho de guerra a Botafogo é um pulo. Lá a certeza dos abraços dos amigos Zérosa, Lena Ximenes, Vinícius Tavares e dos nossos anfitriões. Próximo destino é o Rio Centro, é hora de nos perdermos nos corredores da Bienal.
A cidade outrora povoada por africanos e portugueses, abre caminhos para gentes de todas as partes desse planeta Brasil. Gente como Berimba de Jesus, um paulista criado na Bahia. Sem mágoas, diz que um dia tentou ser fluminense mas a cidade não o quis. Quem disse? E não é aqui onde ele reverbera a sua poesia maloqueirista?
Oquei, não conte pra ninguém, mas a pilha de livros era só desculpa para o brinde do cartão Visa, a super-mega-máxi Led Light Book, uma safada de uma lanterninha descartável, do tamanho do meu polegar, disputada pela multidão consumidora.
Décadence avec élégance
Das idas e vindas ao Rio de tantas paisagens, me dei conta que um lugar havia ficado no esquecimento, meu e dos demais turistas ávidos por novidades, a Estudantina.
Por que não? Foi a Lena, e é sempre ela a dar toques de mestre, que insistiu e lá estávamos a desafiar coreografias.
Dona Antônia. Um presente numa noite imprevisível foi conhecer a amazonense de 80 anos completados em maio passado. Anunciada com festa no salão, lá vem ela, pequenina, passos firmes, altiva. Só uma dança. Saúde abalada, "nada que um chá de boldo não resolva", fala mansinho da sua história de 25 anos como professora da Estudantina. Benza Deus!
Fotos 1,2, 3, 5: Zerosa
Foto 4: Vinícius Tavares
4 Comments:
E depois dizem que a repórter está de férias... mas gostei profundamente!
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Fátima Abreu, at 11:08 AM
Menina, manda um beijo no Chico Buarque por mim.
Rio de Janeiro é uma delícia, adoro. Amo mais ainda as empadinhas e os bolinhos de bacalhau. No Leblon tem um bolinho ótimo, ótimo. Pra comer com um daqueles choppinhos pequenos e ultra-gelados. Um charme, né, gata.
E tô até vendo: vai voltar das férias com essa pele ma-ra-vi-lho-sa que eu odeio. Beijo! :D
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Unknown, at 12:42 AM
Era férias de mesmo, Fátima. E eu também gostei foi muito.
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maísa, at 7:01 PM
Lucy, vou ficar devendo o beijo no Chico, não o vi, ó. Mas, sabe, se o visse não teria coragem pra pedir beijinho, não. Olharia só de longe aqueles olhos de valha-me Deus. E acredita que não sobrou nem um bolinhozinho de bacalhau no Rio de Janeiro? Comi todos :)
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maísa, at 7:04 PM
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