El blog de los 3 amigos

sábado, março 06, 2004

Estou de volta ao mestrado, mestrado que deixei no lixo junto aos textos fotocopiados, às latinhas de Coca-Cola, casamento, cordas quebradas de violão, etc. Agora as coisas me parecem diferentes da primeira vez, não me sinto apreensivo nem deslumbrado com a pós-graduação. Estou sereno e mais objetivo, é a maturidade ou simplesmente o forte amplexo do mercado de trabalho. De qualquer maneira agradeço aos amigos (entre eles um dos mais insistentes, vejam que irionia, é hoje meu orientador: Prof. Luis Távora, "o Gugu") que me pressionaram ao ponto de irritação e, principalmente, a minha Baby que carinhosamente me diz: "José, eu quero ter um namorado mestre!" Pois bem, estou de novo envolto entre livros de Teoria da História e Filosofia Marxista, além da tentaiva de me readaptar com o grande volume de leituras e produção textual que a coisa impõe. Foi revendo esses textos e livros (poeirentos... AAATCHIM!!!) onde encontrei um poema do Gullar, que há muito não lia e aqui passo a partilhar com vocês:

" E a História humana não se desenvolve
Apenas nos campos de batalha
E nos gabinetes presidenciais.
Ela se desenrola também nos quintais,
Entre plantas e galinhas,
Nas ruas de subúrbio,
Nas casas de jogos, nos prostíbulos,
Nos colégios, nas usinas,
Nos namoros de esquina.
Disso eu quis fazer a minha poesia,
Dessa matéria humilde e humilhada,
Dessa vida obscura e injustiçada,
Por que o canto não pode ser a traição a vida
E só é justo cantar se o nosso canto
Arrasta consigo as pessoas e as coisas
Que não têm voz
"

Ferreira Gullar

P.S.: EU ESTOU DE VOLTA AO BLOGG