Duas coisas que acho difíceis de acontecer:
ser pesquisada por algum instituto de opinião
e ser entrevistada por uma equipe de reportagem.
Pois ontem, fui abordada aqui mesmo, na minha
casinha, por duas simpáticas senhoras representando
o que se poderia chamar Data Cristo. Depois de
se certificarem de que eu era eu mesma, fizeram a
típica pergunta: "Você é católica?" Será que é um sinal,
Meu Deus? Primeiro foi Rachel. Como numa visagem dizia
que "é muito ruim não ter fé". Depois teve aquela
mulher que foi me pedir um dinheiro pra incrementar
seu stand de venda de santos. Agradeceu me perguntando
qual a santa de minha preferência. Como resposta pedi
pra avisar aos seus amigos lá do alto que tá valendo
qualquer ajuda. Quem quiser orar por mim que o faça
agora. Essa é a hora. O fato é que me pego crente vez
em quando. Não o suficiente para manter rituais, mas gosto
de ter um São Esse ou Aquele com quem me agarrar na hora
do aperto. E tanto melhor se depois não pintar aquela culpa
por só lembrar na hora da precisão.
Quanto a repórteres, já fui entrevistada algumas vezes.
Mas nunca assim de supetão(é assim que escreve?) como
tá aqui no O Povo. Dessa vez foi com o Duda - meu próprio
irmão. E quê que é isso? O Duda só tem 20 anos? Tô menos
velha do que penso :-)