Ainda sobre sotaques e assombrações...

No supermercado o sujeito quer pagar o refrigerante, já tomado,
sem ter consigo a latinha vazia. O simpático operador de caixa
pede que o distraído traga a lata. Enquanto isso, chama o próximo
cliente: eu mesma. Estou lá pagando minha sopinha com torradas
quando o voador, agora com a lata vazia na mão, resolve dizer que
isso de furar fila é "coisa de cearense". Pode? Pode não. Tanto é que
ouviu o que não queria. Sugeri que tentasse voltar pra onde veio pra
saber se alguém aqui sentiria sua falta. Posso até ter exagerado, mas
é que me irrita ver alguns metidos que pensam ter um rei na barriga e
que tripudiam do modo de ser de quem os acolhe. Isso é no mínimo
descortesia. Falta de bons modos. Ainda por cima, nem sabe que nos
supermercados dos caipiras daqui já se usa código de barras.