El blog de los 3 amigos

sábado, agosto 23, 2003

Faço agora uma pequena pausa no meu retiro
bloguístico apenas para dividir com você minha
alegria de poder ver mais um capítulo da feliz
história do cinema brasileiro. E esta, é apenas uma
das tantas sensações que Lisbela e o Prisioneiro
proporciona. Talvez seja por que ainda me vejo, vez por
outra, exatamente como a personagem - romântica e
sonhadora - do Guel Arraes. E isto é sim uma confissão.
Por quê não um final feliz com beijo apaixonado? Às vezes, gosto
de pensar que a vida pode imitar a arte; gosto de imaginar que
o mocinho me pega pela mão e me tira pra dançar ao som de
seus versos improvisados... Enfim, gosto de cinema que inebria,
que faz rir e faz chorar sem a pretensão de querer ensinar; que
faz da vida uma melodia simples e contagiante. É bem verdade
que a melodia não precisa ser assim tão melosa feito cola que
prega no juízo da gente, como a versão que o Caetano Veloso
fez pra música do Fernando Mendes, né. Mas é preciso uma Lisbela
para contrastar com a crueza do cotidiano de balas perdidas e
tantas sacanagens quase reais retratadas na telona. E se a mocinha
passeia por entre ruas de platimbandas multicores... Ah, a trama
fica parecendo aquelas histórias de faz de conta, contadas à beira
do fogão à lenha, à boquinha da noite, lá no sertão. O nosso
sertão azul-céu.