"Eu acho que ele não veeem

Ele não vem nããão..."

Nada de sono, fiquei aqui pensando porque cargas d'água ainda pratico este

ato infame de roer as unhas. Deus, por quantos horrores tive que passar na

infância e adolescência! Cada um tinha um método mais esdrúchulo que o outro.

Claro, nem um deles merece registro. Tanto é que ainda hoje me pego

com essa sensação de que me cortaram as pontas dos dedos. 

Como há explicação psicanalíca pra tudo que não tem explicação, os 

freudianos dizem que talvez eu esteja passando por uma fase de medo da perda de algo...

Muito genérico? Tudo bem, eles dizem, ou melhor, Freud dizia que é o medo de perder

o pênis - Pasmem! Falam ainda numa tal "dificuldade de lidar com a própria agressividade".

Ah! Tem ainda a explicação de que poderia ser "um motivo para aparecer".

E sugerem terapêuticas no mínimo risíveis...

Prestenção!

~ Ao cliente-paciente, sugerem juntar os pedacinhos roídos, durante uma semana, guardados

   num saquinho plástico. Argh! Nojentuuuuu! Acreditam que assim o ato deixará de ser automático.

~ Próximo passo seria a hipnose. E Para quê? Para "despertar os recursos de determinação

   e vontade". Dizem que assim podem levar os roedores compulsivos a comportamentos mais

   próximos de suas reais necessidades".

Eu hein, me deu uma vontade de roer o restinho que me resta!