El blog de los 3 amigos

sábado, março 08, 2003

No mínimo polêmica a afirmação da professora da UFC, Maria Dolores Mota Farias (no O Povo de 07/03) a respeito do "Dia Internacional da Mulher" ser uma ficção criada no início do século passado (pra mim continua soando estranho chamar de "século passado" o século XX). Verdade ou lenda não importa muito, pois o dia está instalado na rotina de datas comemorativas ocidentais. O que eu não gosto é no que o dia se transformou, de "Dia Internacional da Luta Pelos Direitos da Mulher" em "Dia da Mulher", mais um dia de exploração comercial, apelação para o consumismo e de reforço à cultura do "cavalheirismo", prática surgida pelo fato da crença na "fragilidade" feminina - nada contra o cavalheirismo, mas precisamos saber por que surgiu - assim os homens passaram a executar tarefas que as limitações culturais, econômicas (pois as mulheres não produziam) e de vestuário (espartilhos, sapatos, capas, vestidos etc.) as impediam, acentuando cada vez mais a dita "inferioridade". Enfim o dia 8 de março que deveria ser destaque pela justa luta por cidadania, pela igualdade sociopolítica da classe feminina (esquisito ver mulher como classe), virou dia de mimos dos namorados para namoradas, chefes e secretárias, etc. Devo destacar que a mulher merece todos os mimos e carinhos por serem nossas parceiras na construção da vida e merecem os 365 dias do ano. Fico indignado ao ver sufocado mais um dia de luta por uma vida melhor, igualitária e mais justa para nós os habitantes do 3º planeta. Findo por parafrasear Karl Marx levantando a bandeira: MULHERES DO MUNDO UNI-VOS CONTRA A ESCAMOTEAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA LUTA PELOS DIREITOS DA MULHER.

Em nome de todas as mulheres, beijo você minha baby (gosto desse possessivo), mulher de garra e graça, de ombro sólido e lágrimas, luta e risos, mãe dedicada e batalhadora, companheira, namorada, amante, que me tem complementado o vazio que todos nós homens temos desde o cortar do cordão umbilical e deixa mais do que claro, que a fragilidade do belo sexo inexiste. E tenho dito!